A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) identificou a possível origem de componentes em uma sanga, no bairro Parque Pinheiro Machado, que deságua no Arroio Ferreira, às margens da BR-287. Na última segunda e terça-feira, técnicos vistoriaram o local, que fica próximo do Distrito Industrial, para identificar a origem do componente que estava sendo lançado na água e causava a espuma, que em alguns dias chegava a mais de dois metros de altura.
Quatro empresas devem ser autuadas. Três delas podem ter contribuído com o despejo de componentes que teriam formado a espuma. A quarta não estaria atuando de acordo com a licença ambiental. Uma delas, licenciada pela Fepam, apresentava problemas no tratamento de efluentes. Outras duas, do ramo alimentício, devem aprimorar o sistema de tratamento de efluentes e gerenciamento de resíduos. Na quarta empresa, fabricante de produtos destinados a higienização e desinfecção domiciliar, foi verificado o lançamento ilegal de componente industrial sem tratamento em uma rede que deságua no Arroio Ferreira. A Fepam determinou a interdição imeditada do lançamento do componente. Além da autuação, a Fepam deve solicitar adequação de irregularidades ambientais para as quatro empresas.
Desde o início de abril, após a troca de uma ponta por galerias, na Rua Armando Laerte Wiethan, no Parque Pinheiro Machado, a água começou a formar uma espuma, que preocupou os moradores. A Fepam, o 2º Batalhão Ambiental da Brigada Militar e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente foram avisadas e vistoriaram o local. A amostra da água foi encaminhada para um laboratório da UFSM.
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